Grande Entrevista, com Vítor Gonçalves
Uma candidatura “independente, até ao limite da independência”. Sampaio da Nóvoa garante que se candidata à Presidência da República sem ter nenhum acordo com forças políticas, nem com o Partido Socialista.
“Não faria nenhum sentido, com o percurso de vida que tenho, com o tipo de candidatura que quero fazer, estar a combiná-la fosse com o doutor António Costa, fosse com outro partido”, afirmou.
Questionado pelo jornalista Vítor Gonçalves se gostava de ter o apoio do Partido Socialista, Sampaio da Nóvoa não avançou com mais. “Gostava de ter o apoio de todos os partidos”, disse apenas.
“Estamos hoje numa situação mais difícil”
Independente. Mas crítico face aos últimos quatro anos.
Sampaio da Nóvoa defende que o país só está melhor se se pensar num projeto de um “país mais pobre”, “mais empobrecido, de mão-de-obra barata e dependente do estrangeiro”.
“Mas esse não é o meu projeto, nem é a minha causa”, afirma, garantindo querer um país “capaz de se promover através do conhecimento” e “capaz de ter uma economia à medida do século XXI”.
“Julgo que estamos hoje numa situação mais difícil do que estávamos há quatro anos”, afirmou mesmo. Na RTP Informação, o candidato a Belém mostrou-se ainda contra a privatização da TAP. Sampaio da Nóvoa considera que esta é uma empresa estratégica para o país.
O candidato à Presidência da República considera que houve direitos que foram postos em causa e que teriam exigido uma maior intervenção de Cavaco Silva.
“Tudo o que se passou com a questão dos pensionistas, por exemplo”, especificou.
O antigo reitor da Universidade de Lisboa afirmou ainda que no verão de 2013, tempo que ficou marcado pela crise política após a demissão de Paulo Portas e Vítor Gaspar, Cavaco Silva deveria ter convocado eleições.
“Teria sido necessário haver uma renovação da vontade democrática dos portugueses”, afirmou.